A VERMICULITA COMO OPÇÃO SEGURA EM OBRAS DE
REFORMA
A recente emissão da NBR 16.280, de 18 de
abril de 2014, Reforma em Edificações – Sistema de Gestão de Reformas –
Requisitos, surge como mais um elemento de garantia de direitos ao consumidor,
juntamente com a NBR 15.575:13.
Se a Norma de Desempenho hoje é alvo de
discussão, avaliação e ponderação de todas as partes da cadeia construtiva,
inclusive de setores que até então se mantinham como meros espectadores, como o
Judiciário, por exemplo, a Norma de Reformas é o próximo tsunami a tirar o sono
de muita gente.
Mal começamos a discutir a Norma de
Desempenho, já fomos abordados por outra norma, com grau de importância tão
quanto e espectro de impacto social talvez maior que a primeira.
Edificações antigas, muitas de vida útil já
vencida, nenhum conforto térmico, péssimo conforto acústico, precárias
condições de instalações elétricas, hidráulicas e estruturais, sistemas de
impermeabilização que há muito já perderam sua funcionalidade. Patologias
construtivas se acumulam, promovendo prejuízos financeiros, depreciações
imobiliárias, onerosos custos de reforma e mais que tudo, prejuízos de vidas
humanas.
Por muito tempo preocupamo-nos com os imóveis
novos que construímos, e negligenciamos os imóveis antigos, carecedores de
manutenções preditivas, preventivas e que na maioria das vezes só recebem as
mínimas manutenções corretivas emergenciais.
A NBR 16.280, no seu Item 4, é taxativa na necessidade
de um plano formal de diretrizes, elaborado por profissionais habilitados, e
executadas por empresas capacitadas e especializadas, segundo a NBR 5674.
Uma grande preocupação dos engenheiros e
arquitetos, num processo de reforma é a garantia da estabilidade estrutural da
edificação. Salvo raras exceções, os projetos já se perderam e não existem mais
documentações técnicas da obra. Nestas situações as modificações de alvenaria,
remoção de piso e contrapiso podem provocar brusco alívio de carga e reacomodação
das tensões estruturais o que pode culminar em várias patologias regressas.
Na impossibilidade de se avaliar as
deformações e reações que a estrutura poderá sofrer, face às intervenções
sofridas, dita a sensatez e boa prática que se utilize materiais de densidade
menor do que aquele que foi removido.
Uma gama de materiais são propícios para
utilização em argamassas de contrapiso e simples enchimento de vãos.
Entre todos os materiais de fácil acesso no
Brasil, está a Vermiculita Expandida.
Este silicato, conhecido há 67 anos, adquiriu
respeito e atenção em todo o mundo em face de vários fatores: compatibilidade
com o cimento e seus aditivos, resistência ao fogo, leveza, isolamento térmico
e absorção acústica.
Consumido pela construção civil nos cinco
continentes, o Brasil desponta hoje como o quarto maior produtor mundial deste
estratégico minério.
Com a Vermiculita é possível desenvolver
argamassas com densidade entre 600 a 1400 kg/m³, segundo os critérios de
projetistas. Da mesma forma, podemos alcançar resistências à compressão entre
0,6 a 12 MPa.
Basicamente, quanto mais “leve” a argamassa,
menores as resistências características à compressão, então antes de escolher o
material de contrapiso que irá utilizar, consulte seu projetista estrutural sobre
a real necessidade da sua obra. Vários são os casos em que, por
desconhecimento, são definidos contrapisos com resistências desnecessariamente
altas e excessivamente “pesadas”.
Salvo condições industriais e específicas, um
contrapiso não exige resistência acima de 1 MPa. Raras são as condições que
exigem resistências acima de 3 MPa.
Outro fator a considerar é a relação direta
entre densidade e retração da argamassa no estado fresco. Quanto maior a
densidade da pasta cimentícia, maior a capacidade de retração plástica da
mesma, promovendo ações deletérias em revestimentos e até desplacamento do
próprio contrapiso.
A grande “sacada” da Vermiculita é ser um
material de aplicação técnica, que pode facilmente ser determinado o traço
adequado para cada obra, com ensaios simples de dosagem experimental ou
laboratorial.
Não há um “segredo” ao se utilizar
Vermiculita. Basta adequar a massa específica dos insumos normais da obra, com
o cimento de sua habitual utilização, com a densidade requerida da argamassa no
estado seco.
Dezenas de estudos de mestrado e doutorado em
várias universidades do país corroboram a segurança e aplicabilidade neste
subsistema construtivo.
De resto, usufrua de um material econômico,
simples e seguro.
Nos melhores projetos e reformas, você
encontra Vermiculita.
Por: Jeorge Frances – Engenheiro Civil
da Brasil Minérios
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